quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Você consegue responder? Ou já virou instituição?


Responda em 15 segundos, 3 sonhos seus, que não envolvam filhos, marido, família. Na semana passada uma amiga me ligou desesperada querendo saber se eu conseguiria responder essa questão que ela havia acabado de ler em um teste do livro “Mais tempo, mais dinheiro”. Respondi facilmente. 
Por que? Porque sou prática, sagaz, maravilhosa, poderosa, diferente, especial! Não, nada disso.  O motivo é que fui criada por uma mãe que nunca deixou de sonhar os próprios sonhos em nome de filho ou marido. Assim, aprendi que é possível ser amada e amar sem precisar dedicar minha vida por completo às pessoas que amo. Que quem me ama de verdade vai vibrar com minhas conquistas e não com minha dedicação 24/7.
Algumas pessoas torcem o nariz quando conto as delícias da das viagens com minhas amigas? Sim. Mas elas torcem o nariz por um único motivo: queriam fazer o que faço. Ao menos é o que  ponho na minha cabeça e isso me basta. “Os outros são os outros e só…”
Na revista Lola de uns meses atrás um artigo da atriz Ingrid Guimarães dizia: “quem inventou o dia com 24 horas foi um homem, que tinha uma mulher para fazer tudo para ele.” E não foi?
Somos criadas para ter independência, mas sem nunca esquecer que a independência é para ajudar o marido nas contas e dar coisas melhores para o filho.  Sentirmos culpa quando sonhamos em ter vida própria. Acreditamos que somos a base da família que construímos e que para ser amada temos que incluir os seres amados em todos os sonhos. Você vai perdendo a força, perdendo, até que quando vê, sua vida só se justifica por filho, casa e aquele amor.
Até as amigas passam a ser secundário, quando na verdade deveriam vir em primeiro lugar. O bate-papo com elas, no boteco da esquina é o que te fortalece porque é só nesse momento que você consegue ser VOCÊ.
Adoro sair com meu namorado e seus amigos, mas ali sou a pessoa que preciso ser. Quando saio sozinha meu palavreado muda, minhas risadas, meus comentários. Uma eu, sendo SÓ EU, vem com força e vivemos momentos felizes. É um êxtase total. Volto ainda mais feliz e forte para o ser amado e lembro que sim, há vida fora do relacionamento, há vida de espaço para eu ter sonhos sozinha e que não, eu não sou a instituição. Meu namorado vive muito bem sem mim e o mais importante, eu também vivo muito bem sem ele. 
A pergunta feita no livro é desafiadora, principalmente para mulheres que esqueceram que antes de serem mulheres  e esposas, eram aquelas meninas cheias de sonhos, jovens cheias de desejos que não morreram, só estão esperando que você acorde ou leia esse livro para aprender, mais do que a ter mais dinheiro, mas lembrar que como na campanha de Obama: “Yes, we can!”
E o que seriam sonhos só meu? Lá vai uma ajudinhta, tá? “Viajar, correr uma maratona, aprender javanês só de onda, entrar num curso de crochê mesmo que para isso seu filho não coma dananoninho naquela semana, fazer uma plástica, levar sua mãe para uma viagem só vocês duas, dar uma grande festa de aniversário, mudar de carro (mesmo que seu marido fique com um pior), aprender a surfar, fazer um curso de moda só de onda, começar um blog.”
E aí? É tão difícil ou já pode responder 3 sonhos pessoais, pode ser em 1 minuto… Você consegue responder? Ou já virou instituição?

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