Para os que sentiram minha falta.... Eu estava na TURQUIA! País lindo, interessante e que merece fotos. Como sempre, a viagem enriqueceu e trouxe muitas dúvidas e questionamentos.
Amo viajar e acredito que não há quem não goste. A diferença é que sou viciada. Se passo mais de três meses sem sair do país, já começo a render menos. Esse também é um dos motivos pelos quais filhos não estão na lista de desejos. Mas a mãe natureza... Às vezes vai dando seu chamado...
Nesta viagem em especial, observei a quantidade de casais com crianças. Todos super equipados em plena Mesquita de Santa Sofia com seus práticos carrinhos, outros que colocam nas costas e por ai vai. As crianças pareciam não incomodar os pais e seus olhos pareciam atentos às novidades. Fiquei abismada! No restaurante comiam o que tivesse, independente da nacionalidade. Não sei se foram meus olhos, mas... Desta vez vi muitos pais com crianças.
Para completar quando estava fazendo o chek in em Frankfurt para voltar para o Brasil, tive um problema e o casal da frente também. Enquanto a atendente resolvia começamos a conversar. Ela era loira, cabelos cacheados e um corpão de atleta. Lindo! Estava com uma roupa super despojada, tênis, mas elegante. Devia ter uns 34 anos. O marido também era bonito, mas aparentava ter uns 45. Começamos a conversar, achei até que estivessem em lua de mel. Mas quase cai para trás quando eles começaram a contar que anteciparam a volta porque estavam com saudades dos 3 filhos (8, 5 e 3 anos). Eu, arregalei os olhos!!! Eles estava viajando a 17 dias e faziam isso umas duas vezes por ano!!! Ela disse que já tinha viajado com as crianças, até mesmo quando o mais novo estava com dois meses. Eles alugaram um apartamento na Itália e faziam uma refeição na rua e outra em casa. Foi me contando sobre a viagem dos dois a sós e por fim a atendente veio e nos despedimos.
Este econtro me deixou bem confusa.... Fiquei pensando comigo: Temos mesmo que escolher? Viajar o mundo, ter filhos ou... é possível ter os dois ao mesmo tempo?
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9 comentários:
Oi tudo bem? Nao sei se lembra de mim, meu nome eh Flavia. Vc passou no meu blog uma vez e depois eu vim aqui. Mas voltando ao assunto do seu post, da uma lidinha nesse blog aqui: http://giramundo.wordpress.com/, eles estao viajando pela Europa com a filinha de 3 meses.
Beijos, Flavia
Ola, obrigado pela visita no meu blog...
Sabe, concordo ou penso um pc como voce. Vou fazer 32 anos mes que vem e nao tenho um pingo de vontade de ser mae. Meu marido pensa da mesma maneira.
Alem de nao ter vontade, tb amo viajar e poder fazer qualquer coisa que quiser sem pensar duas vezes ou ter filhos "atrapalhando" os planos. Sei que mt gente consegue balancear os dois, mas a responsabilidade e' grande e sempre temos que acabar colocando certos planos ou vontades de lado pra acomoda-los. Quando temos filhos, acho que eles merecem a dedicacao e a presenca total dos pais em suas vidas.
As vezes fico pensando se nao vou me arrepender mais tarde em nao ter. Mas tb penso na minha vida com criancas ao redor. Ja pensei bastante mesmo a respeito e sempre chego a conclusao de que sera melhor eu nao ter. Se for ter so pra "agradar" a sociedade, sendo que parece ser algo esperado de um casal quando se casam, eu seria uma pessoa deprimida e frustrada, pois nao e' o que o meu coracao anseia.
Eu tive uma infancia maravilhosa, e sempre recebi muito amor, carinho e dedicacao dos meus pais... mas filhos nao e' pra todo mundo. E cada ano que passa, eu tenho certeza de que eu sou uma dessas pessoas.
Quer dizer que vc foi pra Turquia!
Não sei se vc já leu no meu blog, mas asabia que eu tive um namorado turco? E que mandei pra Turquia por 1 mês pra ficar com ele?
Só fiquei 2 dias em Istanbul, o resto fiquei em Izmir, mas aproveitei e conhecí Éfeso e fui até pra Adana.
Muita história naquele país, né? impressionante! E fui MUITO bem recebida por todos. Me sentí em casa! Ohhh saudades daquela viagem!
Qto à sua questão...acho que há como conciliar os dois...principalmente pq à não ser que vc seja totalmente contra ter filhos, uma hora o relógio biológico bate pra valer.
Não acredito em viagens (como pra Europa) com filhos...principalmente se pequenos. Nem vc nem eles aproveitam. Mas concordo em viajar e deixá-los com parentes e/ou baby-sitters. Além disso, se casada, dá pra dar um "up" no romance.
Ter filhos é tudo de bom...viajar também. Então o negócio é conciliar mesmo!
Hey...Que Flavia Mariano vc é?!rs...I mean, de que cidade?
Me diga pra te encontrar no Orkut, ou me adicione: Cynthia Zanon Peck.
Nos falamos então...
Bjs,
Olá senti sua falta, vinha por aqui e nada de post novo!É engraçado pq com o tempo sentimos falta, há algumas pessoas e blogs que nos identificamos!
Relativamente ao post dá para conciliar, depende de mtos fatores, idade, tempo da viagem, com quem pode-se deixá-los pq viajar com criança ñ é nada favorável e é sempre bom para o casal!É mto necessário uma viagem a dois!Bjs e bom fim de semana!
o meu por enquanto ainda está na barriga mas a gente não pára não. Acho que tem que sair carregando os pequenos sempre!
Acho que as pessoas pensam que tem de se enquadrar num padrão de maternidade que é mesmo muito brega e ultrapassado.
No seu post e quase todos os comentarios, quando vcs falam "filhos" devem estar pensando em "criancas". Mas filho cresce e eu acho que vale muito a pena ter.
Tenho dois filhos pequenos: um de dois anos e a mais velha com quase cinco e eh muito verdade que viajar com criancas da mais trabalho, requer algumas adaptacoes e exige mais planejamento, mas eh possivel. Depois dos 03 anos da crianca da pra viajar muito mais facilmente. Independente da facilidade ou dificuldade, acho que o ideal eh viajar umas duas vezes por ano: uma com filhos e outra sem.
Abracos,
Sobre a questao filhosXcriancas, tem um texto interessante da Marta Medeiros:
"SEMANA PASSADA ME TELEFONARAM de um jornal para pedir um depoimento sobre mulheres que decidiram não ter filhos. Queriam um testemunho curto e rápido. Sobre um tema tão intenso. Fui curta e rápida, mas agora vou me estender.
Tenho duas filhas planejadas e amadas, que nunca me provocaram um segundo sequer de arrependimento. Mas nunca fui obcecada pela maternidade. Acredito que qualquer mulher pode ser feliz sem ser mãe. Existem diversas
outras vias para distribuirmos nosso afeto, diversos outros interesses que preenchem uma vida: amigos, trabalho, paixões, viagens, literatura, música - até solidão, se me permitem a heresia. Conheço mulheres que se sentem íntegras e felizes sem ter tido filhos, e mulheres rabugentas que tiveram não sei por quê, já que só reclamam. Há de tudo nesta vida. Mas tenho pensado nesta questão porque, dia desses, uma amiga inteligente, realizada e linda completou 50 anos e se revelou meio abatida por certos questionamentos que chegaram com a idade - uma idade que está longe de ser das trevas, mas que é emblemática, não se pode negar. Ela nunca quis ter filhos. Escolha, não impossibilidade. Tem uma vida de sonho, mas ela anda se perguntando: não tive filhos, será que fiz bem? Ninguém tem a resposta. Mas é fácil compreender o dilema. Quando entramos nos 30, o relógio biológico exige uma decisão: ter ou não? Algumas resolvem: não. Criança dá trabalho, criança demanda muita atenção, criança é dependente, criança interfere no relacionamento do casal, criança dá despesa, criança é pra sempre. Tudo verdade, a não ser por um detalhe: crianças crescem. Crianças se transformam em adultos companheiros, crianças são quase sempre nossa versão melhorada, crianças herdarão não apenas nossos anéis, mas nossos genes, nosso jeito, nossa história, e isso é explosivo, intenso, diabólico, fenomenal. Aos 30, só pensamos na perda da liberdade, mas, aos 50, conseguimos finalmente entender que a maternidade é muito mais do que abnegação, é uma aposta no futuro. Depois dos anos palpitantes e frenéticos da juventude, chega uma hora em que deixamos de pensar apenas no lado prático da vida para valorizar as conquistas emocionais, que são as que verdadeiramente nos identificam. Não estou fazendo apologia da maternidade, sigo acreditando que todas as escolhas são legítimas. Mas optar por não ter filhos não é algo trivial. É uma experiência profunda de que abriremos mão de vivenciar. É uma emoção que transferiremos para sobrinhos sem jamais saber como seria se eles fossem gerados por nós - ou adotados, o que dá no mesmo. Vale a pena desprezar este investimento de amor? Um investimento que, diga-se, é uma pedreira muitas vezes, não é nenhum mar de rosas? Nessas horas é que faz falta umabola de cristal. O problema é se a dúvida vier nos atazanar mais adiante. A gente nunca sabe como teria sido se... É por isso que, neste caso, compensa queimar bastante os neurônios antes de decidir. Não dá para pensar no assunto levando-se em conta apenas o momento que se está passando,mas o contexto geral de uma vida.
Porque não ser mãe também é para sempre."
Nossa, vivo o mesmo dilema. Estou com quase 34 anos e ainda tenho um tempo pequeno para decidir, mas que é uma decisão tão difícil, lá isso é. Me incomoda o fato da indecisão...mas é uma decisão eterna, que não tem volta, é transformacional e sem muitos padrões de comparação. Conheço pessoas felizes sem filhos, com filhos, e extremamemente infelizes com os filhos.
Viviane
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