sexta-feira, 20 de março de 2009

Será que você realmente gosta do que acha que gosta?

Estou terminando de ler um livro chamado “Síndrome de Wendy” que, definitivamente, deveria ser lido pelas mulheres antes de decidir se homem vem de Marte ou não.
É um daqueles tesouros que ficam esquecidos e são até abafados propositalmente. Foi escrito em 1984 e nunca pareceu tão atual.
Eis um trecho:
“... A mídia também desempenha papel importante nessa programação. A criança é maciçamente bombardeada com mensagens audiovisuais dizendo o que ela gosta e o que não gosta.”

Segundo ele, absorvemos tudo o que nos é dito como "o melhor" porque mexe com nosso sentimento de querer pertencer. O ser humano é criado para não admitir a inferioridade."...A voz silenciosa da inferioridade geralmente se instala antes da pessoa se tornar adulta..."

Refletir sobre hábitos viciados é o que você mais vai fazer ao ao longo deste livro. Em algum momento você sentirá que ele está falando com você! "De onde este autor me conhece?"
Dizemos: Amo sapato! Amo doce! Amo homem loiro! Amo a marca x! Será que marca boa é só Brastemp? Será que perfume é só Channel? Será...? Como sabe que não gosta de azul?
Eu descobri que não gosto de fazer a unha toda semana, que não gosto do meu cabelo liso. Às vezes gosto de ver minhas unhas na cor na natural e adoro meus cachos, apesar do trabalho que dá e da campanha maciça em todo lugar dizendo: alise já e seja feliz!
A lista é imensa e a pergunta é saudável: Será que você realmente gosta do que acha que gosta?

15 comentários:

Juuuu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juuuu disse...

Olá, mais uma vez vejo aqui no seu blog um pos que nos leva a seguinte questão: Você se conhece?
Este ponto por você levantado, mais uma vez nos leva ao auto-cnhecimento. Para isso, é neessário uma reflexão e análise interior bem profunda.
beijos

Nicinha disse...

Boa Noite Flávia.
Quando li essa postagem, logo associei a uma crônica da Martha Medeiros que acho ótima:
As Razões que o amor desconhece
Você é inteligente.
Lê livros, revistas, jornais.
Gosta dos filmes do Woody Allen, do Hal Hartley e do Tarantino,
mas sabe que uma boa comédia romântica também tem o seu valor.
É bonita.
Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar.
Independente, emprego fixo, bom saldo no banco.
Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e seu fettuccine ao pesto é imbatível. Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo.
Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?...
Ah, o amor, essa raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento,
mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.
Não funciona assim.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem,
caso contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila de pretendentes
batendo à porta.
O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.
Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido do que por uma ficha limpa.
Você ama aquele cafajeste.
Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário,
ele adora o Planet Hemp, que você não suporta.
Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado, mas você não consegue despachá-lo. Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga.
Ele toca gaita de boca, ele adora animais, ele escreve poemas.
Por que você ama esse cara?
Não pergunte pra mim.
Você ama aquela petulante.
Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu,
você deu flores que ela deixou murchar,
você levou-a para conhecer sua mãe e ela foi de blusa transparente.
Você gosta de rock e ela de MPB, você gosta de praia e ela tem alergia a sol,
você abomina o Natal e ela detesta o Ano-Novo, nem no ódio vocês combinam.
Então?
Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado,
o beijo dela é mais viciante que LSD,
você adora brigar com ela e ela adora implicar com você.
Isso tem nome.
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada,
veste-se bem e é fã do Caetano.
Isso são referências, só.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá,
ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,
pela fragilidade que se revela quando menos se espera.
Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.
Ama-se justamente pelo o que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas,
bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó.
Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é.
(Martha Medeiros)
E o que você comentou de ser livre " Natural". Você já conheceu o blog das minhas amigas:http://dona-comadre.blogspot.com/
Elas são estilistas e até combinamos de fazer um desafio para as mulheres, vestir a grife delas, mais sem produção, cabelo natural, nada de maquiagem...livre, leve e solta.
Um ótimo Final de semana.
Eunice
Blog: http://nicinhavaz.spaces.live.com/
eunicevaz@gmail.com

Myself disse...

Fiquei doida pra ler este livro!!!

Sempre fui de ter gostos considerados estranhos,então acho que estou indo bem,rsss!!!

bjão!!!!!!!!!

Anônimo disse...

Quando eu venho te ler e fico sabendo destas preciosidades que passam por suas maos, eu fico doida para encontrar um. Infelizmente, aqui na Bota, eu encontro muito romances mas livros com algo mais sao poucos. Como ainda nao tenho dominio total da lingua, ainda nao sei procurar algo do genero por aqui.

Ah, uma das formas de descobrir a resposta para a sua pergunta é se afastando do lugar comum e se provar. Sem cobranças e a necessidade de seguir as regras de sempre é possìvel se descobrir realmente e, por etapa, do que realmente gosta. Experiencia provada e aprovada.

Ciao!

Fabianne disse...

Venho exatamente pensando sobre hábitos viciados nesses últimos dias... Ainda tenho alguns que muito me incomodam p vencer...

Hanny Meire disse...

Gostei muito do tema e eu posso dizer que eu sei do que gosto. E assumir meus gostos algumas vezes incomoda as pessoas, já que todos acham que devemos ser iguais.

Uso o que acho bonito, me visto como quero, não ligo mesmo pro modismo... pode até ser que eu use algo que esteja na moda, mas uso por que me agrada e não por que é uma tendência !

Muitas amigas me criticam
porque raramente me maqueio, por que não gosto de roupa curta, entre outras coisas... mas eu me imponho !

Se eu te corrigir, não fica chateada ? É que mexer é com "x" e não com "ch", como tu escreveu ! Tá ?

BJS !

Ana disse...

Oi!
Todos os filmes da Disney são os culpados por acreditarmos em príncipe encantado, ja pensou nisso? Eu também gosto do meu cabelo meio ondulado! E viva a diversidade, beijos,

Cheers! Fla disse...

Eu acho um absurdo essas meninas de hoje em dia que tem que ser igual essas celebridades, tem que se vestir igual, comer (ou nao) igual, ter o mesmo peso e a lista vai longe...
Cade a individualidade e a opiniao pessoal sobre as coisa?
Aqui na Inglaterra eh muito assim, elas sao iguais a mulherada das capas de revistas.

bjs

Unknown disse...

Muito legal isso. Eu sempre observei o que a mídia faz com as pessoas, mas ela nunca me afetou.
Nunca comprei nada que foi anunciado em um comercial ou que está na moda.
Só compro o que quero comprar, quando quero comprar. Não pinto minhas unhas, não gosto de maquiagem, não faço escova, não gosto de certos tipos de roupa. Só faço e uso essas coisas em ocasiões muito especiais.
Talvez seja uma pessoa muito diferente das demais. Mais nunca quis comprar e nem fazer algo que foi estereotipado para que as pessoas agissem ou fizessem algo automáticamente da mesma forma.
E sendo assim, o que imagino é que a manipulação da mídia é tão grande e tão forte que as pessoas ficam parecendo robôs. Todos iguaizinhos com a roupa da moda, todos tomando a sua coca-cola, todos com o cabelo liso, todos..., todos..., todos...

Anônimo disse...

Oi...
Sempre passo por aqui, mas nunca comento. Gostaria de te elogiar pelo formato do blog. Muito bacana mesmo!
Beijos...

Juuuu disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Juuuu disse...

Olá!
Meu último post foi inspirado por uma questão por você levantada neste blog. Passa lá e vê: http://certezaquaseabsoluta.blogspot.com/2009/03/religiao.html

beijos

Carol disse...

Vivo me perguntando isso.
Acho que por isso adoro a Amelie Poulain.

Cadê esse livro? Fiquei muito interesada.

Rômulo Souza disse...

Passando pelo blog "O que elas estão lendo?", encontrei o seu. Gostei do que li aqui. Como homem, acredito que grande parte das mulheres de hoje parece não saber o que "realmente" querem. Mas também não sou hipócrita para esquecer que isso é resultado de anos de uma sociedade machista. Na minha opinião, creio que se a gente souber na vida do que "não gosta" já é um grande passo pro autoconhecimento.

um abraço

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