terça-feira, 26 de agosto de 2008

UM TAPINHA DÓI SIM, MAS NÃO É NECESSÁRIO?

Esta semana estive na casa da minha avó e numa conversa de hora do almoço ela começou a falar do meu primo de 11 anos que não faz nada para ninguém e está cada dia mais à toa.

Apanha da mãe? Nunca. Mas da minha avó, de 78 anos, leva até varada. Se não obedecer de primeira, apanha e pronto.

Um dia desses vi um post no blog “Eu @ NY”, com o título “Um tapinha dói sim”. Ela dizia que nunca baterá na filha de quase 2 anos. Vou usá-la como exemplo, mas sei que muitas mães ditas “modernas” pensam da mesma forma.

Blog – “Não agüentaria saber que minha filha sentiu dor pelas minhas mãos.”
Minha avó – “Melhor o filho levar uma surra da mão da mãe do que na rua.”

Blog – “Concordo plenamente com educadores que dizem que bater, não serve pra educar ninguém.”
Minha avó – “Só quem sabe o quanto dói apanhar, não tem coragem de bater”

Blog – “Não conseguiria jamais levantar um dedo na minha filha.”
Minha avó – “Pai que não faz o filho chorar, depois chora por ele.”

Minha avó não batia para deixar marcas, nada disso, mas sim mostrar que se não andamos na linha, a vida nos traz conseqüências “dolorosas”. E, sinto muito, mas não teremos pessoas dispostas a conversar conosco com carinho. Eu cresci apanhando, e sei que era quando eu mais obedecia.

Minha avó criou 5 filhos, todos honestos, trabalhadores e pessoas de bem.

Atualmente, na lei, apenas da “conversa” só cresce, cada dia mais, a violência entre jovens de “todas” as classes sociais.

Por isso, só me resta pensar: “Um tapinha dói sim, mas não é necessário?
P.s.: A foto acima, não é montagem, é 1 menino de 4 anos que lança facas e garfos em que o desafia. Esta de lilás é a Super N. que levou um soco dele e foi ameaçada com este garfo. Mais de 25.000 famílias se inscreveram nesta temporada pedindo ajuda. O irmão mais novo deste menino segue os passos do irmão.

17 comentários:

Anônimo disse...

Flavia, eu tb cresci apanhando 9apanhando, não sendo espancada, oq é COMPLETAMENTE diferente!) e compartilho do mesmo pesamento q vc. Criança malcriada, mal educada, q não obedece... de q outra forma vai aprender? Sendo estudante de psicologia, sei de todo esse papo de conversar, de fazer a criança compreender, mas não é todo criança q dá para se levar apenas na conversa.

Eu não tenho filhos, nem nunca encostei a mão na filha do meu namorado (por mais q eu ame, não é minha filha, não me sinto no direito de educa-la da forma q eu penso), mas meu irmão mais novo, a gnete cresceu se estapeando... ele mexia nas minhas coisas, eu fala uma vez, se mexesse de novo, levava uns tapas e aprendia a nunca mais mexer.

Quero deixar bem claro q não sou a favor de espacar a criança, ou violencia pesada, mas... as vezes, é necessario sim!

Anônimo disse...

tbm cresci apanhando, e sempre mereci as surras q levei! claro q não era nenhuma surra absurda, mas foram chineladas necessárias sim! eu garanto q teria me tornado um demônio em pessoa se comigo tivesse sido só na lábia! até eu já era bem peste e respondona! dps as pessoas reclamam q o mundo hj ta perdido, q os filhos hj são isso e aquilo outro, e os jovens estão mudados! as mudanças surgem a partir dos pais q não educam os filhos como antigamente e dão total liberdade a eles! sei q tem muitas pessoas q perdem o controle e ao invés d bater, espancam! isso realmente é d+! mas uma chinelada adequada apenas para uma dorzinha numa criança não vejo mal algum!
até mais!

Anônimo disse...

Concordo plenamente com a sua avó.

Limites são necessários, senão a criança vai fazer sempre, o que for melhor pra ela, sem se interessar em conviver em sociedade, com respeito, humildade e atenção.

A única coisa válida da Super Nanny, é que ela estimula os pais a demonstrarem carinho e estímulo aos filhos. A maioria esquece que essa tbm é uma forma de disciplina.

Aceito a idéia de palmadas, mas apenas se os pais estiverem alimentando o outro lado: amor.

Beijos
Xu

Cyn por ai... disse...

Eu n~ao dou surras, mas dou tapas sim quando necessario. Cresci assim e acredito que parte do que sou foi pela maneira que fui criada. Recebi quando mereci. E tive outras formas de correcao tambem...castigo, ou o time-out daqui. Os tapas nao sao a torto e direito, mas de dados, a crianca sabe que passou MESMO dos limites.
Essa conversa de soh conversar...nem sempre eh certo. Cada crianca eh um individual e na minha opiniao deve ser criada como tal. Se uma coisa nao funciona...alternativas. Nao sou a dona da razao, mas acho que se a formula tem dado certo...

Anônimo disse...

Achei seu blog atraves de uma amiga e resolvi comentar, espero que vc nao se importe. Eu tambem cresci apanhando, levando tapa, e chinelada. Eu acredito que se vc mostrar amor e carinho a crianca e mostrar os limites atraves do dialogo e exemplos, nao ha a necessidade de bater.

Violencia gera violencia. Se voce bater no seu filho ensina que ele pode bater nos outros, que eh normal dar uns bofetes em quem nao faz a vontade dele. Certo? Se voce pode bater nele entao ele pode bater em voce tambem neh? Afinal, direitos iguais. Seja hoje ou amanha quando vc for velhinha e ele um homem de quase dois metros. Qual sera que vai doer mais?

Alias, como vc explica pro seu filho que eh errado bater nos coleguinhas de classe?

Entao eh isso. Cada um faz o que quer com a criacao dos filhos, nao vou julgar ninguem. Conheco muitas criancas que sao super educadas e nunca levaram umas palmadas e as mais terriveis sao aquelas que apanham porque querem atencao e carinho dos pais.

Meu cunhado bate nos filhos toda vez que eles fazem arte, mas pergunta se eles melhoram? Podem ser que seja no momento mas a longo prazo eles ficam piores e aprontam mais ainda, e respondem de volta e ainda batem nos primos menores.

As pessoas que tem mais successo na sociedade sao aquelas que tiveram carinho e amor e cresceram sem violencia. Quem cresce com violencia, seja ela grande ou pequena acaba perdendo algo seja fisico ou emocional que fica dificil de recuperar. Por exemplo, a auto confianca e a confianca nos pais. (Eu sou prova disso).

Acho importante ter respeito, amor e carinho pelos filhos, eh o maior presente que vc poder dar a eles.

http://saia-justa-georgia.blogspot.com/ disse...

Minha mae me bateu forte, creci apanhando e ficando de castigo, eu confesso: eu nao era mesmo fácil e vivia enventando traquinagens na minha cabeca. Aqui em casa as criancas se precisarem apanham mesmo, nao dou tapinha. Pois tapinha onde nao dói a crianca fica mais senvergonha e ai perde mesmo o caráter de vez porque te diz na cra que tapinha nao dói e nem doeu que até pode bater mais. Já ouvi isso de muitas criancas abusadas. A própria Biblia ensina: Uma boa varada vai livrar o seu filho do inferno. Qual inferno? O inferno de vida que ele vai ter.

É por isso que temos tantos problemas sociais, falta a boa cintada no kengo,como dizia minha avó.

Beijao e ótimo texto

Anônimo disse...

Bem, pra comecar que eu acho que ha uma grande diferenca entre "um tapa" e "violencia", e cabe aos pais saberem a diferenca, e passarem isso aos filhos.
Eu jah levei muita palmada, mas daquelas que tinham mais efeito 'moral' que fisico. Ateh hoje lembro da expressao facial da minha mae, que meio que mordia sua propria lingua (acho que pra extravazar a raiva nela primeiro), antes de nos dar umas palmadinhas.
Muitas vezes a mao dela nem chegava perto, mas pelo tom de voz e pelo rosto, jah sabia que estava em apuros.
Mas ao memos tempo, sempre tive muita conversa, explicacoes sobre oque pode e oque nao pode, e principalmente PORQUE nao pode. Criancas sao naturalmente curiosas, e de uma maneira ou outra vao querer desafiar, e entender o porque das coisas.

Voce jah leu o livro "Freakonomics"? O livro eh otimo, por varios motivos, mas tem um capitulo exclusivamente dedicado a estatisticas que provam que criancas criadas com "limites" e "tapinhas" sao mais bem sucedidas na vida doque aquelas de familias mas "psicologicas". Nao me lembro os detalhes, mas o autor usa otimos argumentos.

Apesar de nao ter filhos ainda, acho que um tapinha de vez em quando eh muito necessario, mostra limites e principalmente respeito. Seja porque meio for (fisico ou nao), uma crianca precisa aprender seus limites, a respeitar seus pais e saber oque certo ou errado.

Um dia essa crianca vai crescer, e de uma meneira ou de outra, levara muitos 'tapas' na vida, e tem que saber lidar com as consequencias de suas escolhas e julgamentos.

Bjs
Adri

JAM disse...

por coincidencia o super nany e um dos meus programas favoritos: mostra como nao educar uma crianca. assisti um em que a mae era ex-baba (com curso e tudo) e mesmo assim nao conseguia educar e controlar os filhos...o menino de apenas 4 anos batia na irma mais velha...o que ele queria era bater...bastava a menina fazer algo que o desagradasse e ele batia ;-(

sobre os pais...acho que devem poder dar uma palmada de vez em quando. eu cresci assim. sempre levei palmadas (nada de espancamento ou coisa do tipo)...apenas umas palmadas quando merecia...acho que nao afetou negativamente em minha educacao, apenas ajudou.

Carolina disse...

Flavinha, acho este assunto bem delicado porque existe uma distância grande entre usar o tal tapinha como punitivo e a banalização das surras que vemos por aí. Claro que no meio disto tudo existe um adulto que muitas vezes extravasa no filho a sua agressão, até por outros motivos que não tem nada a ver com o pequeno e qdo vê já perdeu o limite do tapinha. Isto é abuso de poder e é o mais frequente.
Não sou contra tapinhas, mas com a intenção da criança pensar no que está fazendo, dela tomar a consciência dos seus atos com determinada a atitude que está tomando.Agora surras e tudo que marca aí sou!
Este é um tema que acho que daria mais comentários, mas vamos lá. Depois eu volto.
Acredito que aplicações de regras varia de criança para criança, tem umas que reagem bem e outros ficam piores. Eu sempre digo que cada filho é um filho, pois estamos tratando de pessoas com bagagens diferentes. Dou risada qdo vejo mães de 1º viagem ou gestando seus filhos me dizendo: ai vou fazer assim, vou fazer assado. Não dá pra prever! Tudo é muito adaptado cforme a personalidadee as respostas da criança! Claro que a gente já tem as regras básica de ética e moral, mas o resto se viesse pronto seríamos todo o momento mães nota 10 e não aquelas que somos, mãe normais com falhas e acertos.
Tenho uma filha de 15 anos e vou te confessar que, ás vezes, zapeando canais, assisto a Super Nanny( versão inglesa)e me divirto aliviada qdo me dou conta que a Vic foi um amor na infância, claro que com todas as suas travessuras que vem incluída no pacote. Porque acredito que ninguém quer um filho apático e engomadinho.
Agora se preparem porque adolescência, muitas vezes é vírus não fase. Quem já passou por este momento sabe disto! Claro que temos que lidar com tudo com muito humor,senão desanda.hehehe

bjos

Celia Rodrigues disse...

Flávia, concordo plenamente que um tapinha dói, mas é necessário. E muitas vezes, mais que um tapinha. Não estou fazendo apologia à violência, mesmo porque entre ela e a correção vai uma grande distância. Entendo que uma criança que não é corrigida adequadamente quando erra – sim, crianças erram! -, cresce com desvios de conduta e não aprende que a vida lhe cobrará pesadamente pelos seus erros. Sabemos que só a dor nos faz amadurecer e crescer, e também ela nos faz aprender a não errar de novo. Atitudes como a dessa mãe que não corrige sua filha, fazem surgir adultos insuportáveis, que não respeitam ninguém e acham que são o centro do universo. Se bater fosse errado, a bíblia não instruiria aos pais a corrigirem seus filhos com vara. Para mim, não há orientação mais acertada do que essa.
Bjim!

ale disse...

Puxa, polêmico esse assunto...
Nunca apanhei e nunca bati na minha filha, pelo menos não até agora, em 5 anos de sua vida. Espero poder continuar assim. Creio que cada caso é um caso. Bj

Lucia disse...

Concordo plenamente com sua avo, 100%!!! Tapinha aqui e ali nunca matou nenhuma crianca e sim as ensinaram diciplina. Minha mae nos batia de vez em quando (eu principalmente, pois era que nem um diabinho de levada), mas nunca foi nada de marcar ou surra.

Se um dia eu tiver filhos, claro que temos que ensina-lo tb conversando e explicando o certo e errado, mas as vezes um tapinha e' completamente necesario. bjos

si disse...

Flávia, este é um tema polêmico atualmente, pois antigamente nem se falava se podia ou não bater, se batia e pronto.Hoje tem leis, tem o polítivamente correto etc.
Eu tb cresci apanhando e não me lembro , as 2 únicas lembranças são de tapas injustos de qdo foi acusada de fazer algo q não tinha feito, creio que a questão não é bater e sim como ,onde e a razão o porque?

Anônimo disse...

Flávia, este é um tema polêmico atualmente, pois antigamente nem se falava se podia ou não bater, se batia e pronto.Hoje tem leis, tem o polítivamente correto etc.
Eu tb cresci apanhando e não me lembro , as 2 únicas lembranças são de tapas injustos de qdo foi acusada de fazer algo q não tinha feito, creio que a questão não é bater e sim como ,onde e a razão o porque?

Silvinha disse...

Oi Flavia!

Concordo com o anônimo e, embora esteja na contramão aqui, não vou deixar de dar minha opinião.

Para mim, bater numa criança é covardia, é a expressão de uma frustração, de quando os pais ja não sabem mais o que fazer, estão cansados, estressados e optam pela saìda mais "fàcil". E o que sobra p/ criança é um sentimento de impotência e humilhação.

Nunca fui espancada pela minha mãe, mas me lembro de cada surra que levei, e não vejo justiça em nenhuma delas.

Não, não vou bater nos meus filhos. E se alguém o fizer apanha de mim.

Abraços

Cheers! Fla disse...

Oi Flavia,

Se me perguntassem antes d'eu ter a Victoria ficaria com a sua avoh 100%, mas hoje em dia, depois de ter tido a Victoria, estou no meio termo he, he. Ainda nao precisei dar palmadas nem nada nela, e estou mesmo dividida, lendo livros, etc. Uma coisa eu sei, essa juventude de hoje nao tem limites, uma coisa terrivel e uma coisa que eu vou dar para ela eh limites e outra (entre outras) eh que ela saiba respeitar as pessoas.

bjs

Anônimo disse...

Concordo plenamente que de vez em quando é necessário uns tapinhas sim. A criançada está cada vez mais teimosa! Sou mãe de dois pequenos e se de vez em quando não der uns tapinhas eles não me obedecem. Eu tbém cresci apanhando e meu pai quando nos pegava era barra pesada, mas agradeço pela educação que ele me deu.

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