O que não se resolve se repete?

Errou? Hoje você fica com o peso na consciência, amanhã os problemas vão dando uma amenizada na culpa, uma semana depois você já nem lembra mais do esforço que tem que fazer para que o ocorrido não volte mais a acontecer.

O marido prometeu mudar, refletir, fazer diferente? Te magoou e você prometeu que isso não se repetiria? 

Novamente o mês fechou no vermelho? A culpa é do governo? Do filho que pediu mais do que você podia dar? Ou sua, porque não sabe dizer não e colocar a criança no lugar dela e resolver o problema de dívida, de vez?

Mas tudo isso não importa, porque nossos erros cotidianos são como as palavras, o vento leva. E o que deveria ser um benefício, torna-se nosso pior inimigo.

Vamos levantando e caindo, levantando e caindo e pouco saindo do lugar. Rodamos em círculos.

Aprender com os próprios erros não é um dom, é prática. Persistir no erro é como um viciado em drogas. A gente sempre diz que foi a última vez, mas sempre volta, simplesmente porque o problema não foi resolvido num lugar muito mais importante e profundo: dentro de nós. 

Lendo uma entrevista do Fábio Assunção sobre sua recuperação das drogas, você vê como é preciso encarar o problema de frente. Sofrer a dor para que seja realmente resolvido e não apenas abafado com a frase: "foi a última vez." Não foi. As coisas não se resolvem sozinhas, elas são consequências dos nossos atos, das nossas escolhas. Nós trouxemos elas para dentro da nossa vida, agora aguenta!

Temos várias atitudes que se repetem e nos irritam. Das pequenas às grandes. A fórmula para a mudança não é mágica. É simples, mas exige reflexão e esforço. Por isso, é bom pensar quando resolver deixar para lá: O que não se resolve se repete?